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02.12.2021 | Cuidados

Conheça 3 doenças causadas por pulgas e carrapatos

Saiba algumas complicações que as pulgas e os carrapatos podem causar em seu pet e como evitá-las

Além de muito incômodos para os bichinhos, as pulgas e os carrapatos podem causar doenças mais sérias se não forem eliminados. Conheça 3 doenças que são causadas por esses parasitas:

1. Erliquiose

Transmissão

A Erliquiose é uma doença infecciosa causada pelas bactérias do gênero Erlichia, sendo a Erlichia Canis a principal espécie que atinge os cachorros. A transmissão dessa doença acontece por meio do carrapato Rhipicephalus sanguineus, que se torna hospedeiro da bactéria ao picar um cachorro contaminado, transmitindo-a novamente quando pica outros animais. Essa doença é mais comum durante as estações mais quentes do ano, pois é a época em que os carrapatos são mais abundantes. 

As fases da doença

Assim que invadem o organismo do animal, as bactérias começam a se multiplicar nas células de defesa e, então, se alastram por todo o corpo. A doença possui três possíveis estágios: 

  • Fase aguda: dura entre uma e quatro semanas e são observados sinais pouco específicos, como febre, abatimento, anorexia e eventualmente secreções nos olhos e nariz. Os animais diagnosticados nesse momento geralmente se recuperam da doença, mas, se não forem tratados, a doença evolui para a próxima fase;
  • Fase subclínica: pode durar de meses a anos. Nessa fase, o animal encontra-se clinicamente saudável, com algumas pequenas alterações em exames laboratoriais. A partir deste momento, os cães podem se recuperar espontaneamente ou evoluir para fase final da doença;
  • Fase crônica: nessa fase, os sintomas tornam-se ainda mais graves, causando sangramento nasal e redução de células sanguíneas (anemia). O grau de mortalidade nesta fase é alto devido à debilidade do quadro do animal, além de deixar os animais mais suscetíveis a quadros de hemorragia e infecções secundárias. 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença é feito com base no relato do tutor, histórico do animal, sinais clínicos, anormalidades em exames laboratoriais e testes sorológicos. O tratamento com medicamentos deve ser acompanhado por um médico veterinário para garantir a recuperação adequada da doença. 

Leia também: Pulgas na primavera, como prevenir?

2. Dipilidiose

Transmissão

A dipilidiose é uma doença causada pela presença de um verme chato, que pode chegar a até 60 cm, e vive fixado no intestino do cão, gato e, eventualmente, dos seres humanos. Para entender a forma de contágio da doença, é preciso compreender o ciclo do parasita Dipylidium caninum, principal espécie causadora destas infecções.

O verme adulto presente no intestino é hermafrodita, ou seja, é capaz de se reproduzir sozinho. O Dipylidium possui em seu corpo diversos anéis, que recebem o nome de proglotes, que são o local onde as futuras larvas ficam. Estas proglotes são eliminadas pelo verme dentro do intestino e expulsas pelo ânus dos cachorros ou gatos constantemente. O processo da eliminação causa incômodo nos pets, sendo possível observar coceira e lambedura na região, além da presença destes anéis ao redor do ânus do animal.

Mas, afinal, onde a pulga entra nesse ciclo? Na sua fase larval, a pulga ingere as proglotes, e dentro dela o Dipylidium continua se desenvolvendo. A pulga é acidentalmente ingerida quando o pet lambe ou mordisca o local onde ela se encontra, permitindo que o verme chegue até o intestino e alcance a fase adulta, para que o ciclo recomece.

Quanto à infecção de seres humanos, é importante destacar que somos considerados um hospedeiro acidental, podendo ocorrer a ingestão tanto das larvas do Dipylidium quanto da pulga, e os sintomas são basicamente os mesmos observados nos animais (coceira na região anal).

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico consiste na identificação do parasita nas fezes, por meio de exames coproparasitológicos, sendo necessário realizar tratamento com vermífugos e eliminar a infestação de pulgas no animal e no ambiente.

Leia mais: Descubra como evitar pulgas no seu pet 

3. Dermatite por alergia à picada de pulgas (DAPP)

Transmissão

A DAPP é uma doença dermatológica que acomete cães e gatos causada pela picada de pulgas. A principal espécie causadora da doença é a Ctenocephalides, mas outras também podem estar envolvidas. Após a picada, os animais desenvolvem uma reação de hipersensibilidade devido à grande quantidade de substâncias alérgicas presentes na saliva da pulga.

Episódios da doença

Os episódios de hipersensibilidade geralmente ocorrem de duas formas: a primeira é considerada aguda, pois aparece em crises sucessivas e é caracterizada por coceira intensa e persistente, extensas regiões avermelhadas e pequenas lesões na pele, consequentes do ato de coçar, levando à formação de escoriações e crostas.

A segunda forma é caracterizada pela evolução crônica da doença, ocorrendo um intenso espessamento da pele, levando à queda dos pelos e deixando a pele com aspecto rugoso. Nesta condição o animal não apresenta mais coceira.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é baseado nos achados clínicos, na localização das lesões e na presença de pulgas e/ou fezes da pulga na pele do animal. Existem testes específicos que permitem diferenciar a DAPP de outras doenças dermatológicas para garantir tratamento efetivo. A recuperação da doença está relacionada à eliminação completa das pulgas no animal e no ambiente.

Não esqueça!

É importante lembrar que a melhor forma de cuidar do seu pet é por meio da prevenção. Evite levá-lo em locais com infestações de pulgas e carrapatos e proteja-o com a utilização de coleiras anticarrapatos, antipulgas e antiparasitários.

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