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16.11.2021 | Mundo Equino

Pitiose Equina, você sabe o que é?

Saiba tudo sobre a doença causada pelo oomiceto Pythium insidiosum

Pitiose equina

Causada por um microrganismo aquático, a pitiose é uma doença zoonótica de característica , que atinge principalmente equinos que vivem em regiões úmidas e alagadiças, mas também pode afetar ovinos, bovinos, animais silvestres e até mesmos seres humanos.

Agente transmissor

Encontrado principalmente em regiões pantanosas com temperaturas médias superiores a 25° C, a doença é provocada pelo agente oomiceto Pythium insidiosum, que utiliza plantas aquáticas em seu ciclo de vida.

A partir de sua reprodução, o microrganismo libera estruturas chamadas de “zoósporos”, que têm forte atração por pelos e tecidos animais e vegetais. Dessa forma, os zoósporos entram na pele dos animais por meio de machucados e de lesões preexistentes, causando a pitiose.

Os sintomas

Os principais sintomas da doença são: coceira, inchaço, dor, falta de apetite, apatia, emagrecimento, infecção secundária. É comum haver claudicação (manqueira) quando o ferimento acomete os membros dos cavalos, bem como casos de automutilação quando a coceira e dor são intensas.

As lesões

As lesões afetam principalmente a pele e o tecido subcutâneo dos membros, cabeça e região toracoabdominal. Além das lesões na pele, os cavalos podem desenvolver distúrbios gastrointestinais, provocados por massas tumorais que podem causar distensões, impactações e cólicas intestinais.

Leia também: Quais as doenças mais comuns nos cascos dos cavalos?

Complicações da doença

A colonização dos zoósporos cria um ambiente necrótico e amorfo na pele dos animais. Caracterizada por massas irregulares, firmes, necróticas, amarelas, granulares e de aspecto arenoso. A reação causada pela doença impede que as células de defesa do animal atuem, pois cria-se uma “capa” de proteção sobre os filamentos do microrganismo.

Por causa disso, o animal fica incapaz de responder ao estímulo do microrganismo agressor, o que faz com que a lesão evolua rapidamente. Logo, a ferida caracteriza-se por uma massa esbranquiçada que fístula e drena secreção e pode evoluir de forma tão agressiva a ponto de deixar o animal caquético, causando, em alguns casos, até a morte.

Partes do corpo mais atingidas

As regiões do cavalo mais acometidas são as que possuem maior contato com a superfície da água, sendo elas: extremidade de membros, região ventral do abdômen, peito, face, narinas e cavidade oral.

O diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo médico veterinário por meio de exames clínicos e laboratoriais, sendo os mais específicos o teste imuno-histoquímico, ELISA e métodos envolvendo biologia molecular, como Western Blotting e PCR. 

O tratamento

Muitos tratamentos têm sido relatados utilizando remédios antifúngicos, imunoterápicos e tratamentos cirúrgicos, podendo ou não serem associados a outros métodos, como laser e utilização de sulfato de cobre, dimetilsulfóxido (DMSO), iodeto de potássio, entre outros. 

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