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10.07.2023 | Cuidados

Entenda como identificar e tratar a obesidade em cães e gatos

Estima-se que cerca de 40% dos pets brasileiros sejam obesos. A doença pode diminuir a qualidade e expectativa de vida dos animais domésticos.

A obesidade é uma doença crônica definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. Tanto os cães como os gatos estão suscetíveis à obesidade, que pode ser ocasionada por diversos fatores, como má alimentação ou falta de exercícios. Os riscos para os pets são similares aos riscos para os humanos.

No Brasil, cerca de 20% da população é atingida por essa doença, e estima-se que estes números são crescentes. Entre os problemas de saúde relacionados à obesidade, destacam-se diabetes e cardiopatias. A obesidade é uma doença que atinge também os pets, e assim como nos humanos, os índices da enfermidade entre os animais domésticos também estão aumentando.

Os pets obesos podem apresentar alterações nas funções renais, distúrbios respiratórios, cardíacos, circulatórios e do trato urinário. A obesidade pode ocasionar também diabetes, problemas intestinais e hepáticos, como a pancreatite. O excesso de peso causa ainda problemas articulares e ósseos, além de agravar doenças pré-existentes. Nos gatos, a obesidade pode originar a lipidose hepática primária, também conhecida como doença do fígado gorduroso, que é o acúmulo de gordura no fígado, dentre outras doenças.

Por ser uma enfermidade que costuma ser acompanhada por diversas comorbidades, a obesidade contribui para a diminuição da qualidade de vida, assim como diminui a expectativa de vida dos pets. Por este motivo, ela deve ser tratada.

A seguir, entenda o que causa, como identificar e como tratar a obesidade dos pets:

 

O que causa a obesidade nos pets?

As causas para obesidade são diversas, mas esta enfermidade está ligada principalmente à alimentação incorreta. Os principais fatores que levam à doença são a ingestão excessiva de alimentos, geralmente ocasionada pela falta de controle na oferta da comida, e o sedentarismo. Algumas raças têm predisposição para a obesidade e requerem uma atenção especial para evitar a doença. No caso dos felinos, o maine coon, o gato manês e o azul russo são os que apresentam maior predisposição ao ganho de peso. Os pugs, buldogues, beagles, basset hounds, são bernardos e labradores são os cães que mais têm predisposição a desenvolver obesidade.

Os pets castrados também têm uma predisposição para a obesidade, no entanto, isso ocorre porque a castração promove alterações hormonais e faz com que eles necessitem ingerir menos calorias por dia. Por este motivo, os tutores precisam estar atentos à alimentação dos pets submetidos a este procedimento. Após a castração, o ideal é que os pets tenham uma dieta específica para animais castrados. É importante ter em mente que a castração não causa obesidade. A castração é, na verdade, uma aliada para o controle de ninhadas e prevenção de diversas doenças. O que contribui para o desenvolvimento da obesidade é a falta de uma dieta específica para animais castrados.

 

Como identificar pets obesos?

Os animais são considerados obesos quando possuem 15% a mais do peso considerado ideal para a raça. Perceber que o pet está com sobrepeso ou obesidade nem sempre é uma tarefa fácil para os tutores. Alguns pets possuem pelagens duplas ou longas, o que dificulta visualizar o excesso de peso. Geralmente com peso ideal, os cães possuem gordura corporal mínima, com as costelas não visíveis, mas palpáveis, e a cintura e a reentrância abdominal – a diferença de altura entre as costelas e a barriga quando você olha o cão de lado – são aparentes. No caso dos gatos com o peso ideal, apresentam gordura corporal, mas não excessiva e costelas não visíveis, mas palpáveis. Cintura e reentrância abdominal presentes e com bolsa de gordura abdominal mínima. Alguns fatores como a pelagem podem dificultar a percepção da obesidade nos pets, mas outros sinais comportamentais podem indicar a doença.

Os pets obesos costumam ser sedentários e apresentam fadiga, sono excessivo e dificuldades de locomoção. É comum que os cães fiquem ofegantes para caminhar ou correr pequenas distâncias, e que os gatos tenham dificuldade para subir em lugares altos e deixem de realizar a auto higienização corretamente, pois algumas partes do corpo se tornam de difícil alcance. Quando isso ocorre, os felinos podem ficar estressados, depressivos e cansados também.

Os tutores que perceberem estes sinais, podem levar os pets para uma consulta com o médico-veterinário para que a obesidade seja confirmada com uma avaliação do escore de condição corporal (ECC). Dado o diagnóstico, pode-se iniciar o tratamento para a obesidade.

 

Como tratar a obesidade dos pets?

O tratamento para a obesidade geralmente consiste em reduzir a ingestão de calorias diariamente, sob acompanhamento do nutricionista animal. No caso dos pets que consomem alimentação natural, é necessário que a nova dieta seja prescrita por um especialista, a fim de garantir o consumo de alimentos ricos em fibras e proteínas e com os níveis ideais de gordura.

Além do cuidado com a alimentação, a prática de exercícios físicos também é essencial. Brinquedos que estimulem a locomoção e a movimentação são importantes para os pets. Comedouros interativos podem ser a combinação ideal para que os pets se movimentem enquanto se alimentam. Incluir atividades como caminhadas e corridas na rotina pode ser benéfico também para os cães e para os tutores.

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