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20.04.2020 | Cuidados

Cachorros estressados: causas, sintomas e tratamento

Sintomas do estresse canino

O estresse em cachorros pode se manifestar de diversas formas, tanto físicas quanto comportamentais. Por  importante estar atento a esses sinais para identificar o problema precocemente:

Latidos excessivos

Latir mais do que o normal, especialmente em momentos inadequados ou sem um motivo aparente, pode ser um sinal de ansiedade e estresse.

Hiperventilação

Respirar de forma rápida e ofegante, mesmo em repouso e em um ambiente com temperatura amena, pode indicar um estado de excitação ou ansiedade.

Comportamento destrutivo

Roer móveis, sapatos, cavar ou destruir objetos pela casa podem ser formas de liberar a tensão e o estresse.

Lambedura das patas

Lamber as patas excessivamente, a ponto de causar feridas ou perda de pelo na região, é um comportamento de autossabotagem comum em cães estressados.

Queda de pelos

O estresse crônico pode levar à queda excessiva de pelos, além de deixar a pelagem opaca e sem brilho.

Falta de apetite

Assim como em humanos, o estresse pode afetar o apetite dos cachorros, levando à recusa alimentar ou à diminuição do interesse pela comida.

Outros sintomas de estresse canino podem incluir: agressividade repentina, isolamento, micção ou defecação inadequada, tremores, andar em círculos e vocalização excessiva (uivos, choramingos).

Estresse X Tédio X Ansiedade

É importante diferenciar o estresse de outros estados emocionais ou comportamentais:

  • Estresse: Geralmente é uma resposta a um fator estressor específico, seja ele de curta ou longa duração (ex: barulhos altos, mudança de ambiente, chegada de um novo membro na família).
  • Tédio: Resulta da falta de estímulo físico e mental. Porém cães entediados podem apresentar comportamentos destrutivos, latidos excessivos e apatia.
  • Ansiedade: É um estado de apreensão e medo em relação a uma ameaça real ou imaginária. A ansiedade pode ser situacional (ex: medo de fogos de artifício) ou generalizada. Mas a ansiedade de separação é um tipo específico de ansiedade relacionada à ausência do tutor.

Embora distintos, esses estados podem estar interligados e influenciar uns aos outros. Um cão cronicamente entediado pode se tornar mais propenso ao estresse e à ansiedade.

Como tratar estresse em cães?

O tratamento para o estresse canino depende da causa e da intensidade do problema. Algumas abordagens comuns incluem:

  • Identificação e remoção do fator estressor: Se possível, eliminar ou minimizar a exposição do cão àquilo que está causando o estresse.
  • Modificação comportamental: Técnicas de dessensibilização e contracondicionamento podem ajudar o cão a lidar melhor com situações estressantes. Isso deve ser feito com paciência e, idealmente, com a orientação de um adestrador ou comportamentalista.
  • Enriquecimento ambiental: Proporcionar um ambiente estimulante com brinquedos interativos, atividades físicas adequadas e oportunidades para expressar comportamentos naturais (como farejar e roer).
  • Exercício físico regular: Ajuda a liberar energia acumulada e reduzir o estresse. A quantidade e o tipo de exercício devem ser adequados à idade, raça e condição física do cão.
  • Técnicas de relaxamento: Ensinar comandos de relaxamento (como “fica” em um local confortável) e utilizar massagens ou carinho suave podem ajudar a acalmar o cão em momentos de tensão.
  • Suplementos e medicamentos: Em casos mais graves, o veterinário pode recomendar o uso de suplementos naturais com propriedades calmantes ou, em situações extremas, medicamentos ansiolíticos. A automedicação é perigosa e deve ser evitada.

Como evitar o estresse canino?

A prevenção é sempre o melhor caminho. Algumas medidas para evitar o estresse em cães incluem:

  1. Socialização precoce: Expor o filhote a diferentes ambientes, pessoas, animais e sons de forma positiva e gradual ajuda a torná-lo mais confiante e adaptável.
  2. Rotina consistente: Estabelecer horários regulares para alimentação, passeios, brincadeiras e descanso proporciona segurança e previsibilidade ao cão.
  3. Treinamento adequado: Ensinar comandos básicos de obediência e limites claros ajuda o cão a entender o que se espera dele e a se sentir mais seguro.
  4. Enriquecimento ambiental contínuo: Manter o ambiente do cão estimulante e oferecer desafios mentais e físicos regularmente.
  5. Gerenciamento de situações estressantes: Evitar ou minimizar a exposição do cão a situações que sabidamente o estressam (ex: fogos de artifício, aglomerações) ou prepará-lo gradualmente para elas com técnicas de dessensibilização.
  6. Atendimento às necessidades básicas: Garantir que o cão tenha suas necessidades físicas (alimentação, água, abrigo, exercício) e emocionais (atenção, carinho, segurança) atendidas.
  7. Observação atenta: Conhecer o comportamento normal do seu cão e estar atento a qualquer sinal de estresse para intervir precocemente.

Mas estresse pode afetar significativamente a qualidade de vida dos nossos cães. Ao reconhecer os sinais, entender as possíveis causas e implementar estratégias de tratamento e prevenção, podemos ajudar nossos companheiros a viverem vidas mais calmas, felizes e saudáveis. Em caso de estresse persistente ou severo, a consulta com um veterinário ou especialista em comportamento canino é fundamental.

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