Atente-se aos sintomas e saiba como preveni-las
Existem algumas doenças que são mais comuns em gatos durante o inverno. A veterinária da Organnact, Lais de Moraes, trouxe algumas informações a respeito dessas doenças. Confira quais são elas:
A Rinotraqueíte Infecciosa Felina é causada por um herpesvírus e atinge o respiratório superior dos felinos (nariz e garganta). Ela é caracterizada por ser altamente contagiosa. O vírus é transmitido por contato com secreções nasais, oculares e lacrimais, além da saliva e aerossóis – e seu período de incubação é curto. Geralmente, quando em um ambiente existe mais de um animal, todos acabam sendo acometidos.
Esta doença é similar ao resfriado humano e raramente é fatal. No entanto, animais com outras comorbidades devem receber extrema atenção. Em alguns casos, o vírus acomete o sistema nervoso, podendo ficar algum tempo sem causar sintomas, após a infecção primária. Neste caso, quando o sistema imune é enfraquecido, o vírus volta a ficar ativo.
Os principais sintomas dessa doença são perda de apetite, apatia, espirros e secreção no nariz e nos olhos, além de tosse e mucosa da conjuntiva ocular hiperêmica. O quadro pode persistir por 3 semanas e é sempre recomendado a avaliação de um veterinário.
A Calicivirose Felina é causada por um vírus e é conhecida mundialmente como a doença viral que mais acomete os felinos. Muitas vezes, pode ser confundida com a Rinotraqueíte Viral Felina. Este vírus se caracteriza por ser altamente mutável e altamente contagioso.
Os principais sintomas da doença são espirros, secreção nasal, aftas, úlceras dentro da boca, além de secreção ocular e conjuntivite. Pode ser observada também febre e claudicação (o animalzinho começa a mancar). Se a doença é negligenciada, pode evoluir para pneumonias por infecções bacterianas secundárias e levar, inclusive, à morte.
A transmissão da doença geralmente acontece por meio de objetos contaminados, cuidadores de animais, confinamento, lixos e alimentos e água contaminados. Para evitar a transmissão entre os animais, deve-se fazer o isolamento dos doentes e limpeza do ambiente com água sanitária. A literatura relata que alguns animais acometidos pela doença transmitem o vírus por até 75 dias.
Como em humanos, quando a gripe não é tratada corretamente, ela pode evoluir para uma pneumonia. Geralmente, os felinos desenvolvem a pneumonia por consequência das doenças virais, já relatadas acima. Neste caso, a gravidade da doença é alta e se não tratada rapidamente, as chances de sobrevivência diminuem. Animais filhotes, geriatras e com outras comorbidades estão mais susceptíveis ao desenvolvimento e progressão da doença.
Na pneumonia bacteriana, os principais sinais clínicos observados são dificuldade respiratória (respiração ofegante), cansaço, tosse, perda de apetite e perda de peso. Os sinais são muito semelhantes às doenças virais, por isso é muito importante a avaliação do veterinário de sua confiança. É importante ressaltar que os felinos demoram muito mais tempo para demonstrar que estão doentes, por isso, fique atento a qualquer mudança de comportamento nesses animais.
No inverno, as dores articulares ficam mais evidentes. Os felinos são animais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças articulares, especialmente quando são idosos. Geralmente, é observada dificuldade para andar, claudicação, dificuldade para subir em locais, dores, miados frequentes e lambidas excessivas, que podem indicar desconforto articular. Além disso, o excesso de peso pode aumentar a sobrecarga articular e a predisposição à dor.
Você deve ficar atento aos sinais que seu animal demonstra, assim como conversar com o veterinário de confiança para avaliação do quadro clínico.
A asma felina é uma doença respiratória crônica caracterizada pela inflamação das vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos). Embora possa ocorrer em qualquer época do ano, o inverno pode agravar os sintomas devido à maior permanência dos gatos em ambientes fechados com alérgenos (como poeira, ácaros e fumaça) e à sensibilidade ao ar frio. Os sintomas incluem tosse seca e persistente (que pode ser confundida com engasgos e vômitos de bola de pelo), dificuldade para respirar (dispneia), respiração ofegante e chiado no peito. Em crises severas, o gato pode adotar uma postura curvada com o pescoço esticado, tentando respirar. O diagnóstico é feito por um veterinário e o tratamento envolve, muitas vezes, broncodilatadores e corticosteróides.
Assim como nos cães, a displasia coxofemoral em gatos é uma condição ortopédica hereditária que afeta a articulação do quadril, levando à sua má formação e degeneração. Embora seja mais comum em raças grandes e pesadas, pode ocorrer em qualquer gato. No inverno, o frio e a umidade podem intensificar a dor e a rigidez articular, tornando os sintomas mais evidentes. Os sinais incluem dificuldade para pular, manter o equilíbrio, rigidez ao andar, relutância em brincar e dor ao tocar na região do quadril. O manejo envolve controle da dor, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia, sendo fundamental manter o gato aquecido nos dias frios.
A vacinação inicial, quando o felino é filhote, deve iniciar entre sete e nove semanas de idade. Após isso, deve ser realizado o reforço anual. A vacina quádrupla felina previne as seguintes doenças:
Além disso, a vacina da raiva deve ser obrigatoriamente realizada de acordo com a legislação brasileira.
A prevenção é a melhor forma de proteger seu gato das doenças comuns no inverno:
O inverno, apesar de ser charmoso, traz consigo desafios para a saúde dos nossos felinos. Condições como asma felina e a piora de problemas como a displasia coxofemoral, entre outras, exigem um olhar atento dos tutores. Ao proporcionar um ambiente aquecido e confortável, garantir uma nutrição adequada e manter a rotina de saúde em dia, você estará oferecendo a proteção necessária para que seu gato desfrute da estação mais fria com saúde e bem-estar. Em caso de qualquer sintoma, não hesite em buscar a orientação do médico veterinário para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
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