Conheça mais sobre esse vírus que atinge todos os equinos
Ao longo da vida, os cavalos estão suscetíveis a inúmeros agentes infecciosos, dentre esses, estão os herpesvírus da família Herpesviridae.
Apesar de existirem vários tipos, o Herpesvírus Equino tipo 1 (HVE-1) e o Herpesvírus Equino tipo 4 (HVE-4) são os principais patógenos que acometem os equinos.
Continue lendo o texto para entender mais sobre.
Os herpesvírus atingem os sistemas reprodutivo, respiratório e nervoso central dos animais, causando perdas e prejuízos para os criadores. As doenças causadas por esses vírus são comumente referidas como Rinopneumonite Equina (ERN), pois ambas as cepas têm a capacidade de provocar doença no trato respiratório, porém, o EHV-1 também pode causar abortos no final da gestação, morte neonatal e disfunção neurológica.
Ambos os vírus podem ser transmitidos por secreções ou aerossóis da cavidade nasal de cavalos infectados ou até mesmo pelo contato com grandes cargas virais presentes em fetos abortados, membranas ou fluidos fetais residuais de éguas infectadas. Além disso, os cavalos podem adquirir esse patógeno indiretamente, por meio de objetos ou ambientes contaminados.
Geralmente, a infecção se estabelece dentro das células epiteliais que revestem o trato respiratório superior do animal, provocando danos às células da mucosa respiratória. Isso resulta em secreção nasal serosa, que pode conter altas concentrações do vírus. O período de incubação varia de 1 a 10 dias após a infecção. Com o tempo, a secreção de muco pode mudar de caráter e consistência, sinalizando a presença de infecções bacterianas secundárias.
Os vírus HVE-1 e HVE-4, após infectarem o organismo dos cavalos, entram em estado de latência. Com isso, os animais infectados podem não apresentar nenhum sintoma e apenas manifestar sinais clínicos após serem submetidos a situações de estresse. Esse mecanismo permite a sobrevivência e a disseminação silenciosa dos vírus para outros equinos.
Os principais sinais de infecção do trato respiratório são:
Em geral, o quadro respiratório afeta com mais frequência potros recém-desmamados e menores de um ano.
O HVE-1 pode causar abortos tardios ou partos prematuros, entre 2 semanas e 4 meses após a infecção. Normalmente, o aborto ocorre entre 6 e 11 meses de gestação, sem manifestação de sinais prévios na égua.
Embora, seja mais raro de acontecer, o HVE-1 pode desenvolver doença neurológica nos cavalos, também sem apresentar sinais respiratórios prévios. O vírus geralmente afeta a porção caudal da medula espinhal, de modo que os animais apresentam os seguintes sinais:
Uma das estratégias mais importantes para prevenir e controlar as infecções por HVE é a vacinação. Apesar de ainda não existir uma vacina que previna contra a ocorrência de doença neurológica provocada pela infecção de HVE-1, a vacinação contribui para a redução da frequência e gravidade da doença, reduzindo o aparecimento de casos de abortos, por exemplo;
A primeira dose da vacina deve ser administrada nos potros a partir dos 5 e 6 meses de idade, seguida de uma segunda dose 3 a 4 semanas depois, e uma terceira dose 6 semanas após a segunda. Recomenda-se que o reforço seja administrado a cada 6 meses.
O que achou do conteúdo? Continue acompanhando o blog da Organnact para mais informações ricas do mundo equino como essa.