Entenda sobre as técnicas utilizadas na reprodução equina para produzir cavalos geneticamente superiores
A criação de cavalos destinados ao segmento esportivo aumentou significativamente nas últimas décadas. Com isso, a procura por animais de genética superior e melhor desempenho esportivo aumentou consideravelmente. Esse fato, aliado às vantagens econômicas e sanitárias, tem proporcionado crescente aceitação no uso de diferentes biotecnologias ligadas à reprodução.
As técnicas utilizadas na reprodução equina, além de melhorar os índices reprodutivos, favorecem a produção de cavalos geneticamente superiores. Por isso, abordaremos sobre duas técnicas comumente utilizadas:
A inseminação artificial (IA) é a biotecnologia de reprodução mais utilizada atualmente, com o objetivo de aumentar a quantidade de descendentes de um garanhão, sem exceder o número de montas e coletas de sêmen.
O procedimento consiste na deposição do sêmen (in natura, diluído, resfriado ou congelado) de um garanhão no trato reprodutivo da fêmea, através de manipulação artificial. O inseminador guia uma pipeta até a passagem da cérvix, depositando o sêmen no corpo do útero, visando a fertilização do óvulo.
Previamente à inseminação, deve-se realizar a higienização da vulva e períneo com água corrente e sabão neutro, secando com papel toalha, além da aplicação de gel não espermicida na luva do inseminador e na ponta da pipeta.
Para detecção das éguas em cio é possível utilizar um rufião e/ou realizar uma avaliação ginecológica por palpação retal e por meio de ultrassonografia para identificar a presença ou não de folículos e a consistência do útero da fêmea, a fim de determinar em que fase do ciclo estral ela se encontra.
O cio da égua dura de 5 a 7 dias e a ovulação ocorre no final deste período, sendo que a inseminação deve ser realizada o mais próximo possível da ovulação.
O ideal é que se faça controle folicular com acompanhamento ultrassonográfico em programas de inseminação de equinos, a fim de prever a ovulação e decidir o melhor momento para inseminação, aumentando as chances de fertilização.
Entre as principais vantagens da inseminação artificial estão:
A transferência de embrião é uma técnica de reprodução que consiste em realizar a coleta de embrião de uma égua doadora e transferi-lo para uma receptora.
O intuito da biotecnologia é aproveitar a eficiência reprodutiva de éguas de alto potencial genético, e em casos destes animais não poderem levar o período gestacional até o final, seja por serem atletas ou por possuírem problemas de saúde e/ou reprodutivos.
Para seleção da égua doadora deve ser considerado o seu histórico reprodutivo, a fertilidade e genitores, as diretrizes do registro da raça, o valor potencial do potro resultante, e o número de gestações desejadas. O período ideal para a coleta do embrião é cerca de 6, 7 e 8 dias após a fertilização.
Para a coleta do embrião é importante fazer uma limpeza e desinfecção dos lábios e comissuras vulvares. O embrião deve ser recolhido através da lavagem uterina da égua doadora, com uma solução específica e um cateter do tipo Foley, que passa através da cérvix até o corpo uterino.
O procedimento de transferência para a égua receptora também exige limpeza e desinfecção da região perineal e consiste na deposição do embrião no corpo do útero com o uso de uma pipeta de inseminação que atravessa a cérvix.
Entre as principais vantagens da transferência de embrião estão:
Para um programa de reprodução com resultados satisfatórios, é essencial que o manejo reprodutivo e as técnicas sejam acompanhadas e executadas por um profissional especializado em reprodução animal.
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