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18.03.2022 | Mundo Equino

Habronemose equina: saiba mais sobre as “feridas de verão”

Conheça o ciclo da doença e aprenda a diagnosticar e prevenir a habronemose nos cavalos 

Assim como os humanos, os cavalos podem ser acometidos de diversas doenças. Muitas delas são parasitárias, transmitidas por mosquitos. Conheça a habronemose equina, uma doença também conhecida como ferida de verão. 

O que é a habronemose equina?

A habronemose cutânea equina, popularmente conhecida como “ferida de verão”, é uma doença parasitária causada por uma reação de hipersensibilidade (alergia) às larvas de vermes dos gêneros Habronema muscae, Habronema majus e Draschia megastoma que parasitam o estômago de equinos.  

A lesão está relacionada à deposição das larvas dos helmintos na pele dos animais, através de moscas do gênero Musca domestica (mosca doméstica) e Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo), que são hospedeiros intermediários.   

Por que a doença é mais comum no verão?

Por se tratar da estação em que as condições ambientais são propícias para reprodução das moscas em maior velocidade.  

Ciclo da habronemose

No ciclo normal, as moscas ingerem fezes de animais contaminados com larvas imaturas dos parasitas, e essas larvas se desenvolvem no interior dos mosquitos até a forma infectante. 

Na sequência do ciclo, as moscas depositam as larvas próximo à boca do cavalo, para permitir a deglutição e garantir que elas completem o ciclo biológico no sistema digestório.  

A habronemose cutânea surge no ciclo errático, quando o hospedeiro intermediário deposita as larvas infectantes em feridas superficiais dos cavalos ou em regiões úmidas, como olhos, lábios, narinas, prepúcio, pênis e vulva.  

Na região cutânea, as larvas dos parasitas são incapazes de completar o ciclo evolutivo, por isso desenvolvem um processo de hipersensibilidade no organismo, mantendo a inflamação ativa.   

Como identificar a doença?

A ferida de verão é caracterizada pela presença de dermatite ulcerada com granulação irregular e intensa coceira, podendo abranger pequenos e grandes diâmetros na pele.   

O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos apresentados pelos cavalos. Por isso, é necessário consultar um médico-veterinário para orientar sobre a melhor forma de controle e tratamento da doença.  

Como prevenir?

A higiene nas baias e nos ambientes onde os cavalos ficam é a melhor forma de prevenir essa doença.  

É importante eliminar os resíduos de esterco rapidamente, e o uso de repelentes (com autorização do veterinário) também pode ajudar. 

Tirou as suas dúvidas? Acompanhe o blog da Organnact para ficar por dentro de muitas outras doenças equinas e como preveni-las.

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